18 de outubro de 2011

Mas que medidas há para o relançamento da economia? (Parte 2)

Caros Leitores e Leitoras, hoje tivemos mais um ministro, o da economia, a informar a comissão parlamentar de economia e obras públicas de duas propostas muito importantes:

1- O período da subsídio-dependência terminou;

2- E a única forma de revitalizar a economia é através da execução de reformas estruturais no Estado.

Com a primeira proposta não poderíamos estar mais de acordo. Já o explicámos no post de ontem, e louvamos a medida. Suspeitamos que a única razão para a sua implementação seja a falta de dinheiro, e aí já discordamos, porque a natureza da medida é errada por princípio, e só por isso deve ser abandonada.

Com a segunda proposta também não poderíamos estar mais de acordo. Contudo não vemos do governo a implementação da mesma. O que temos visto é uma coisa diferente: em vez de se reformar para reduzir custos, cortam-se subsídios e salários e assim também se reduzem custos. Isto não é reformar, é cortar, mantendo tudo o resto na mesma.
Quanto mais tempo teremos de esperar até se ouvir pela voz dos ministros que é preciso extinguir serviços e despedir os respectivos trabalhadores?
Para se cortarem 20 a 25 mil milhões de euros de despesa, dum total de 80 mil milhões, é preciso extinguir e fechar:

Hospitais;
Institutos Politécnicos;

Universidades;
PPP com concessionárias de Auto-Estradas e Hospitais Privados;
Corte de salários;
Corte de pensões;
Corte de subsídios de desemprego e apoios a famílias mais pobres.

Ouvimos o PSD com muita frequência referir, antes das últimas eleições legislativas, que bastaria cortar as "gorduras" para equilibrar o défice. Aqui no Contas somos a informar que afirmações desta natureza são de uma simplicidade técnica e de uma manipulação política/eleitoral constrangedoras.

Tiago Mestre

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