13 de dezembro de 2011

Afinal a cimeira (conselho) já não prestou... em que ficamos?

Caros leitores e leitoras, após uma esperança desmesurada por parte dos opinion makers nacionais de que a cimeira (conselho europeu) era finalmente... a definitiva, e com os mercados a subir na sexta-feira após o encerramento da mesma, a informação de que passou é que "bons sinais" vinham de Bruxelas.

Com os jornalistas a ecoar e os opinion makers a corroborar estas "aldrabices" informativas, o povo é que se vai lixando porque é totalmente enganado. Mas como a realidade normalmente volta a instalar-se após alguns dias, vemos outra vez os opinion makers a referir que a cimeira foi um falhanço porque... afinal os mercados não gostaram das soluções.

Lamentamos que o nível de conhecimento da classe jornalística esteja num patamar tão baixo ao ponto de apenas ecoar e amplificar o que "outros" querem que se amplifique, dando "Via Verde" às notícias-relâmpago, às declarações manipuladas das elites políticas, às opiniões que não possuem mais do que 1 dia de validade, etc,etc.


É a vitória da ignorância sobre o conhecimento.
É a vitória dos espertos sobre os metódicos.
É a vitória do fácil perante a chatice do difícil.

Se porventura os mercados financeiros subissem com regularidade durante uma semana, teríamos ao fim do terceiro dia de "excitação" um coro de opinion makers a referir que afinal a cimeira afinal até teve sucesso, mas que os mercados só perceberam isso muitos dias depois. Enfim, arranja-se sempre justificação para explicar o que não se compreende.

Aqui no contas publicámos um post no dia a seguir ao conselho europeu evidenciando as incoerências a que o mesmo ficou ferido de morte quando se soube das conclusões.
É que os líderes europeus tiveram o descaramento e a imprensa correu atrás de especularem durante semanas antes deste conselho que vinha aí o FMI em força, com o BCE a fornecer todo o combustível necessário, as Eurobonds estavam para chegar, etc, etc. Foi tudo "treta" e a imprensa foi "comida de cebolada" com estas especulações e rumores. O povo que fique entregue à sua sorte, ou ao seu azar.

Tiago Mestre

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