1 de dezembro de 2011

Mais um documento importante sobre um investidor de referência: Kyle Bass

Caros leitores e leitoras, ainda há gente da alta finança que tenta perceber o cenário macroeconómico e no fundo tenta compreender como as coisas se desenvolverão daqui para a frente. Kyle Bass é um investidor que tem ultimamente sido objecto de alguma atenção mediática, na medida em que os seus estudos sobre os mercados financeiros revelaram-se certeiros e por isso mesmo goza hoje de uma respeitabilidade fora do normal.

Publicámos aqui no Contas há uns dias uma entrevista que Kyle Bass concedeu ao programa "Hardtalk" do canal britânico BBC World News.

A sua análise sobre os mercados das dívidas soberanas é para nós aqui no Contas já hoje uma referência e também um barómetro do grau de severidade de algumas dívidas soberanas que ainda não foram despejadas pelos investidores, mas que estão na iminência de o ser.

Em jeito de síntese, Kyle Bass refere alguns indicadores que podem servir de referência para o grau de severidade da dívida soberana de um país, a saber:

1. Quando o Estado gasta mais de 10% das suas receitas em juros da dívida;

2. Quando o Estado acumula uma dívida que é 5 vezes superior às suas receitas

Portugal não cumpre o primeiro indicador mas salva-se do segundo indicador:
Tem receitas de 65 mil milhões euros, gasta 8,5 mil milhões em juros da dívida e tem uma dívida acumulada de 170 mil milhões.
No documento também se refere ao falhado EFSF europeu, ao recente rumor que o FMI tem um pacote preparado para ajudar a Itália e a outros assuntos também essenciais para se compreender o atoleiro em que estamos metidos.

http://pt.scribd.com/doc/74335711/Hayman-Nov2011

Tiago Mestre

Sem comentários: