17 de janeiro de 2012

11 perguntas para se perceber como estamos e para onde deveremos ir, antes que seja à força

Caros leitores e leitoras, precisamos de ver respondidas pelo governo várias perguntas que são hoje a plataforma mínima de conhecimento para iniciarmos um plano reformista concreto, e que seja para cumprir:

1ª Pergunta: Quão baixo terá o PIB que descer para que as despesas públicas igualem as receitas públicas? 15%, 25%, 35%?

2ª Pergunta: Quando é que o Estado elimina o défice primário, ou seja, as receitas igualam as despesas, sem contar com os juros?

3ª Pergunta: Como será o sector público neste cenário de redução brutal da despesa? Quantos menos hospitais, quantas menos universidades e escolas superiores, quantos menos municípios, quantos menos transportes?

4ª Pergunta: Que potencial existe em território nacional para se produzir mais agricultura e mais indústria, essencialmente ligada ao sector primário? É possível aumentar a produção em 5%, 10%, 20% ?

5ª Pergunta: Qual deverá ser o peso relativo do sector primário, secundário e terciário na composição do PIB para que a balança comercial esteja mais ou menos pelo zero?

6ª Pergunta: Num cenário de maior produção nacional, qual será a quantidade de riqueza que terá que ser produzida internamente para comprarmos ao exterior aquilo que não temos nem conseguimos produzir? (energia e outros)

7ª Inventariadas as necessidades, quais os países preferenciais com quem nos devemos relacionar para que haja trocas entre aquilo em que somos excedentários e que outros precisam, e vice-versa?

8ª Pergunta: Se se constatar que não temos meios suficientes para nos tornarmos auto-suficientes, será que se entrarmos em bancarrota com os credores externos, tal operação deixa folga financeira para investirmos mais riqueza nacional em solo português? (Portugal inteiro: público e privado, paga ao ano aproximadamente 16 mil milhões de euros em juros)

9ª Pergunta: Tal decisão unilateral pode ser suportada pela UE e gerida com todos os credores? A Grécia já está a fazer esta operação

10ª Pergunta: Após a bancarrota é preferível abandonar o euro ou não? Quais as vantagens e desvantagens de uma e outra opção?

11ª Pergunta: Quais os motivos que levaram os investidores durante as últimas décadas a abandonar o solo português e fixarem-se nos países de leste? Foram questões laborais, legais, pouca produtividade dos portugueses?

Estas e muitas outras perguntas visam obter as respostas que consideramos essenciais para que se comece a pensar Portugal como um país sustentável e com sustento.

Tiago Mestre

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