16 de fevereiro de 2012

Petróleo teima em não descer (Parte 2)

Caros leitores e leitoras, com as economias europeias a entrar em recessão e a economia americana a perder fôlego, o consumo de petróleo baixa, sobretudo os derivados deste, como a gasolina ou o gasóleo.

Aparentemente tal fenómeno deveria desencadear uma queda nos preços do barril, sinónimo de que o mercado estaria a funcionar.

Mas algo de muito estranho se passa: o petróleo teima em não baixar de preço. No gráfico abaixo percebe-se que em 2011 o preço médio do barril de Brent esteve bem acima dos 100 dólares.




Por outro lado, o consumo de gasolina dos Estados Unidos caiu de uma forma abrupta:


Humm... não é normal.

Parece que as economias emergentes estão-nos a levar o petróleo, da mesma forma que há 10 anos levaram as indústrias e mais recentemente os cérebros.

E o que fazem os governos ocidentais? Imprimem dinheiro, colocando-o à disposição dos bancos de investimento para estes decidirem o que fazer com ele. Imaginem o que é que eles vão comprar? Entre várias coisas: petróleo - encarecendo-o ainda mais.
E que nome se dá a este encarecimento dos preços devido à expansão da moeda? INFLAÇÃO

Em condições menos anormais, o preço deveria andar cá mais para baixo, mas com o consumo dos países emergentes a neutralizar a redução dos ocidentais, o não aumento (redução até) da produção de crude e a impressão de moeda à escala planetária ninguém se espante com o que está a acontecer..

Tiago Mestre

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