12 de março de 2012

A distribuição de terras pelo Estado à população já foi tentada em 1975. Convêm que a história não se repita desta vez.. (Parte 2)

Continuação do post anterior


4. Energia Eléctrica
Para uma exploração agrícola funcionar de forma produtiva, a energia eléctrica é muito importante. Com energia eléctrica é possível movimentar águas de um lado para o outro, automatizar regas, fornecer iluminação e garantir condições mínimas para o agricultor que passa várias horas por dia horas na propriedade.
A automatização da rega permite poupar muito tempo ao arrendatário, tornar a exploração mais rentável, adequar os períodos de rega às necessidades da cultura e muito importante, permitir a rega em período noturno. Como durante a noite as temperaturas atmosféricas e do terreno são mais baixas do que durante o dia, a água evapora em muito menor quantidade. Por outro lado, em culturas hortículas a rega por aspersor durante o dia provoca choques térmicos na folhagem, podendo atrair doenças para a cultura.

5. Adubos para enriquecer a terra
Existem muitos tipos de adubos. É preciso saber adequar o tipo de adubo em função dos terrenos, das culturas, do tipo de rega, etc. A gestão dos adubos requer bastante conhecimento para que o investimento não seja desperdiçado. Se no terreno estiver instalado um sistema de rega gota-a-gota ou de fita, os adubos líquidos que se misturam na água podem ser uma boa solução. Nesta questão é fundamental a ajuda de gente especializada

6. Mexer a terra periodicamente
As terras devem ser tratadas periodicamente. Preferencialmente devem ser fresadas/lavradas após o terminus da cultura e fresadas antes de se iniciar a semeadura. Se a terra não for mexida torna-se muito mais difícil trabalhá-la, sobretudo no acto da semeadura. Se a terra for do tipo barrenta e não for mexida, pode dar-se o caso de não ser possível trabalhar nela, de todo! Só com economia de escala fará sentido tratar das terras. Um trator e respetivas alfaias é um grande investimento para cada pequeno agricultor. Se o senhorio não gerir o processo, os investidores poderão facilmente abandonar as terras só por este motivo.

7. Doenças e respectivo tratamento
Para cada árvore de fruto, para cada hortícula e para cada cada tipo de terreno e zona, as doenças variam em toda a forma e feitio. É importante os arrendatários saberem que tipo de doenças mais comuns aparecem na zona e quais os tratamentos mais adequados. Também nesta matéria há muitas opções no mercado e para que o investimento não seja em vão é fundamental recorrer a pessoas com experiência na matéria.

8. Podar as árvores de fruto
A actividade de podar as árvores de fruto deve ser executada por pessoas especialistas na matéria. Podar é uma arte e não apenas cortar uns ramos aqui e acolá. esta atividade merece a maior atenção para que a árvore "rebente" com força na primavera.

9. Furtos
Se as propriedades não forem muradas ou vigiadas há grande probabilidade de ocorrerem furtos, sobretudo se o cultivo for de hortículas e tubérculos. Tais furtos inviabilizam o investimento e desmotivam o arrendatário. Para se murar é preciso muito investimento, e caberá ao senhorio efetuá-lo. Possuirá dinheiro para tal?

10. Agricultura biológica
Esta é uma área produtiva que exige ao investidor possuir conhecimentos sobre a agricultura convencional. Só depois de conhecer os limites das terras, das culturas, da água, da atmosfera, das curas e dos adubos é que se pode investir na agricultura biológica. Mais do que nunca, nesta área específica da agricultura, o conhecimento é fundamental.

Termina no próximo post


Tiago Mestre

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