11 de julho de 2012

Cronologia de uma (Des)união Europeia (Parte 2)

Em 11 de Outubro de 2011 decidimos escrever um post com uma pequena cronologia dos eventos mais importantes da construção europeia nos últimos anos:

2005 - Referendo na Holanda sobre a nova Constituição Europeia: "NÃO" ganhou
2005 - Referendo em França sobre a nova Constituição Europeia: "NÃO" ganhou 
2007 - Substituição da Constituição Europeia pelo Tratado de Lisboa
2008 - Referendo na Irlanda sobre o Tratado de Lisboa: "NÃO" ganhou
2008 - Países da UE ratificam o Tratado nas Assembleias Nacionais, evitando referendos que perspectivavam o chumbo do Tratado
2009 - 2º Referendo na Irlanda sobre o Tratado de Lisboa: "SIM" ganhou 
2009 - A 1 de Dezembro o Tratado de Lisboa entra em vigor  (...porreiro, pá...)
2010 - Resgate financeiro à Grécia, violando o Artigo 125º do Tratado de Lisboa (é a nossa interpretação)

2010 - Banco Central Europeu adquire dívida no Mercado Secundário de Países com problemas em se financiarem, violando Artigo 123º e 124º do Tratado de Lisboa (é a nossa interpretação)
2010 - Resgate Financeiro à Irlanda, violando o Artigo 125º do Tratado de Lisboa (é a nossa
interpretação)
2011 - Resgate Financeiro a Portugal, violando o Artigo 125º do Tratado de Lisboa (é a nossa interpretação)
2011 - Cimeira de 21 Julho - Acordo para a expansão do Fundo de Resgate, conferindo novas ferramentas ao mesmo, violando os Artigos 123º, 124º e 125º (é a nossa interpretação)
2011 - Aprovação nos Parlamentos nacionais do acordado na cimeira

Atualização...
2012 - Injeção de 1 bilião de euros pelo BCE aos bancos (LTRO)
2012 - Aprovação do mecanismo permanente europeu de resgate ESM
2012 - Aprovação do resgate financeiro ao setor bancário espanhol
Agosto ou Setembro 2012 - Decisão do Tribunal Constitucional Alemão sobre a constitucionalidade do ESM



Será o Tribunal Alemão a decidir se a farsa europeia continua ou não.

Como no passado recente já aprovou o EFSF, provavelmente aprovará o ESM também, na medida em que a essência jurídica dos dois não deve ser muito diferente: ambos pedem dinheiro emprestado ao planeta com garantias dos Estados Membros.

Tiago Mestre

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