11 de setembro de 2012

Não sabíamos que era possível subir ainda mais os impostos, mas enfim!

Segundo percebemos das declarações de Vítor Gaspar, veem aí mais impostos para além dos já anunciados na passada sexta-feira:

- Os bens de luxo terão taxas agravadas. Os imóveis de mais de um milhão de euros (que ´já será feito em 2012), mas também os carros de alta cilindrada, barcos e aeronaves sofrerão novo aumento da tributação. O valor não foi referido. 

Escalões do IRS vão sofrer alterações. Vão ser reduzidos, aumentando a taxa média efectiva de imposto; A taxa máxima mantém-se nos 46,5%. 

- Mantém a taxa de solidariedade em sede de IRS e o imposto adicional em sede de IRC para as empresas com maiores lucros;

- As transferências e pagamentos a off-shores terão uma tributação mais severa 

- Já tinha sido anunciado o aumento das contribuições para a Segurança Social dos trabalhadores e a diminuição dessas contribuições para as empresa. Hoje ficou a saber-se que com o aumento da taxa geral para a segurança social de 1,25 pontos, de 34,75% para 36%, vai levar ao aumento da taxa para os restantes trabalhadores. Os trabalhadores independentes, ou seja, os recibos verdes vão passar a pagar 30,7% à segurança social, contra os actuais 29,6%.

- Em sede de IRC, serão introduzidas alterações para aumentar a base de incidência, limitando-se as deduções. Não foram referidos valores.


Fonte: Jornal de Negócios

Não temos condições para quantificar todas estas medidas, mas a tentativa do governo é sempre esta: AUMENTAR RECEITAS.
Também falaram da redução da despesa, mas essa, só mesmo vendo para crer.

Infelizmente o plano não dará resultado, e a partir desta semana teremos uma nova vaga de fuga ao consumo e fuga ao imposto. Já serão muito poucos aqueles que não se importam de pagar mais de 40, 50% do seu rendimento a um Estado insolvente,

O que queremos afirmar aos nossos leitores é que sempre que há um aumento de impostos, tal representa a vontade dos políticos em querer baixar a despesa, mas como não têm coragem de o assumir e de o implementar, sobem a carga fiscal na esperança de obter o mesmo resultado.

É óbvio que não é possível, e por cada medida de aumento de impostos sugerida, o que se está a dizer indiretamente é que no futuro alguém terá que anunciar cortes na despesa na mesma proporção.

Aumentar impostos para baixar défice é a arma dos teóricos que acreditam no abaixamento da despesa mas que quando são governantes não têm a coragem de o assumir.

É por isso que pessoas como o Grover Norquist nos EUA engendraram um mecanismo que impede certos congressistas norte-americanos de aprovar aumentos de impostos. A última polémica do teto da dívida norte-americana, há 1 ano, teve como protagonistas estes congressistas.

Mas Obama não se importou, porque mal o teto da dívida foi aumentado no congresso e no Senado, a despesa continuou a sua caminhada imparável e a Reserva Federal tratou de arranjar o financiamento.

Parece que está na moda voltar a imprimir notas sem limites. Já vieram prémios Nobel referir isso mesmo muito recentemente... Portanto, o caminho está livre, só faltando a demissão de Jens Weidmann do Bundesbank para compor o ramalhete.

Tiago Mestre

1 comentário:

Filipe Silva disse...

Tiago não sei se viste a entrevista do Gaspar, Ele disse assim "vivemos numa economia social de mercado", maneira engraçada de dizer que se vive em pleno socialismo.


Diz que o desemprego vai ficar nos 16, que vai haver recessão mas que vai já inverter em 2013 a tendência.

É desesperante ver estes atrasado mentais falar, o Gomes Ferreira esteve muito mal, eu teria o encostado às cordas e arrasado com ele.

Infelizmente o povo não aceitaria uma economia de mercado livre, está demasiado dependente, e a esquerda vai cavalgar a onda, mas tenho uma esperança a falência total do estado, e que a Esquerda suba ao poder, acredito que em 6meses arrebentariam com o país e depois poderiamos nós os verdadeiros liberais tomar conta da situação e fazer o que é preciso ser feito, Libertar a sociedade do Estado Socialista,

Mais uma vez se provou o socialismo leva um país à miséria