1 de outubro de 2012

Agora escolha: Soberania ou Assistencialismo?

Despesas soberanas:

Instituições políticas:           3,3 mil milhões
Justiça e prisões:                 mil milhões
Defesa:                               2 mil milhões
Polícias:                              1,9 mil milhões
Autarquias e regiões:           2,5 mil milhões
Juros:                                  8 mil milhões

Total:                                  18, 7 mil milhões

Despesas não soberanas:

Saúde:                                7,6 mil milhões
Educação:                           6,8 mil milhões
PPP:                                    mil milhões
Agricultura e economia:       0,6 mil milhões
Transferências para a SS:    7 mil milhões

Total:                                   23 mil milhões

Se descontarmos receitas extraordinárias, como fundos de pensões e privatizações, as receitas ordinárias dificilmente excedem os 35 mil milhões de euros.
Mas face ao excesso de tributação a que os portugueses estão sujeitos, conjugado com as contribuições da SS, dificilmente este valor poderá manter-se.
Dos 35 mil milhões de receitas fiscais atuais, teremos que ir para 30 mil milhões, ou até mesmo 25 mil milhões, ou seja, baixar impostos pelo menos 25 a 30%

Neste exercício estamos a excluir as contas da SS (30 mil milhões de receita e 37 mil milhões de despesa). Como se consideram contribuições, presume-se que é dinheiro que entregamos ao Estado e que depois nos será devolvido (infelizmente sabemos não é assim, mas fica como premissa de base)

Nestas circunstâncias, fica a pergunta.

Com o dinheiro que há, e não com aquele que gostaríamos que houvesse, teremos que escolher que tipo de Estado queremos no futuro.
Ou o soberano, ou o assistencialista?

Mantermos os dois parece-me algo difícil.

Tiago Mestre

6 comentários:

Fernando Ferreira disse...

E que tal nem o soberano nem o assistencialista?

Anónimo disse...

Olá Tiago, onde posso consultar esses valores mais ao pormenor?

Tiago Mestre disse...

Vais ao site da dgo.pt
Procuras pelo orçamento de estado 2012.
É preciso analisares os vários documentos. não é fácil mas com tempo chegas lá.

Filipe Silva disse...

Tiago por momento pensei que devíamos sair do Euro.

Mas depois comecei a pensar e cheguei a esta minha teoria.

Se sairmos do euro desorganizadamente a pânico e o medo iram se instalar, como o eleitorado vai ficar cheio de medo, e como está viciado em assistencialismo, o que vai acontecer é que iram culpar os partidos do poder dos últimos 40anos, e iram votar nos que lhes prometem amanhas que cantam.

Penso que uma saída nestes moldes levaram o PCP e BE ao poder, se isto acontecer em pouco tempo será dado um golpe de Estado militar.

Porque digo isto? Quem conhece o passado e a mentalidade e forma de operar desta gente, percebe que são contra propriedade privada, são contra a liberdade individual.
E iram procurar Roubar tudo a quem tiver alguma coisa em nome do Estado.

Eu estou preparado para nessa eventualidade defender o que é meu e se for preciso "sujar" as mãos, lá terá de ser.

O problema é que apesar de o colectivismo na sua versão fascista ou socialista ter falhado miseravelmente, as pessoas continuam a querer mais do mesmo.

O assistencialismo não é mais do que uma forma de socialismo, de paternalismo, de infantelização da população.

E mais do que tudo de roubo e limitação da liberdade individual.

A democracia não é hoje mais do que uma autorização para roubar legalmente é claro.


Tiago Mestre disse...

Filipe, eu acho que as consequências que referes em relação à saída do € são reais.
Ou seja, acredito que será isso a acontecer.

Mas se me perguntares se estarei disposto a correr todos esses riscos, mesmo com a entrada de regimes super-esquerdistas, para que a "merda" venha toda à tona e assim refundar as bases e as organizações em função do dinheiro que há, sinto-me tentado a dizer que sim.

Até nestas condições a impressão dinheiro, que ocorreria de certeza, seria logo desmascarada com fenómenos altamente inflacionistas, e rapidamente as pessoas deixariam de usar escudos ou outra trampa qualquer em favor do ouro, da prata e da troca direta.

Faço-te esta apologia porque acredito que o défice público, a dívida total e os juros totais já têm vida própria. É o monstro que se alimenta a ele próprio, e a continuar assim esbarraremos no mesmo problema de colapso, só que lá mais à frente, e com mais dívida ainda que não se conseguirá pagar.

Não quero adiar nem quero viver na paz podre. Fizemos asneira, endividá-nos em 345% do PIB, temos que arranjar 28 mil milhões só para juros todos os anos, ok, são factos, mas agora temos que voltar atrás. Para mim, quanto mais tarde, pior.

E acredito que só com um choque desta dimensão é que a sociedade portuguesa terá condições para se refundar, libertar-se deste jugo ideológico que a europa nos impinge desde que quisemos ser independentes mas que não nos serve.

Não somos nem protestantes, nem jacobinos, nem renascentistas, nem cartesianos, nem literais, nem extremistas. Somos espirituosos, para o bem e para o mal, e as regras racionais da Europa não são compatíveis com esta nossa natureza cultural.
NUNCA, mas NUNCA deveríamos estar sujeitos a taxas de juro de 3,5% para dívida a 10 anos que o BCE e a CE nos concederam durante os últimos 15 anos. Foi uma droga que nos deram a provar e que se esqueceram de referir os efeitos secundários em caso de sobredosagem. Foi um crime económico, e ninguém viu, porque ficou tudo sedado com o efeito positivo do curto-prazo. Eles "esqueceram-se" de dizer, e nós nem nos lembrámos de perguntar.

Agora é escolher entre dois péssimos cenários. Qual será o pior?

Anónimo disse...

Eu também partilho da opinião do Tiago. A doer que doa agora pois adiamos o inevitável na minha opinião. A dor agora é grave mas no futuro vai ser aguda!!

Mário Meira