20 de outubro de 2012

Evolução da SS - onde cortar?

Um gráfico para dar que pensar no fim de semana:

O OE em 2012 transferiu mais de 7 mil milhões de euros para a SS.
Em 2013 perspetiva-se um valor a rondar os 9 mil milhões !!

E esta é a evolução das várias despesas da SS para cada ano desde 2001:

Fonte: Banco de Portugal, Quadro E2.2 do Boletim Estatístico

Se é para equilibrar as contas da SS, não há como fugir. É preciso cortar em todas as rúbricas. Talvez mais aqui, menos acolá. Isso já é decisão política.

Grosso modo e em média, é preciso cortar 30% em cada uma das rúbricas. E coragem política?
Não há.

Aguardamos pelo rebentamento não controlado do edifício da SS.
Segundo julgo saber, a sede é em Lisboa, perto de Chelas.

E aí não será igual para todos nem justo para todos. Será ANÁRQUICO.
Fica a sugestão de fim de semana.

Tiago Mestre

2 comentários:

Fernando Ferreira disse...

Tiago,
Eu acho que nao tem nada a ver com "coragem politica". O nao cortar e' apenas uma consequencia natural do proprio sistema e esperar outra coisa e' ingenuidade.

Como se pode esperar que politicos cortem benesses se o peso do voto de quem as paga e' exactamente O MESMO que o peso do voto de quem as recebe?

Se, por exemplo, quem fosse funcionario publico ou pensionista nao votasse ou tivesse um peso de voto de 1 unidade e quem pagasse impostos tivesse um peso de votos de 5 ou 10 ou 15 ou 20 ou... unidades, os politicos quereriam agradar a quem lhes proporcinasse mais votos, como e' evidente. Os politicos teriam de responder a quem, realmente, paga o estado.

Os politicos, como todos os seres humanos, respondem a incentivos. Quando o numero de votos do lado dos que recebem e' superior ao numero de votos do lado dos que pagam, e' completamente natural e logico que estes queiram agradar a quem os elege.

Na realidade, nao ha solucoes colectivistas para os males que o proprio colectivismo causa. So a liberdade individual pode gerar progresso, justica e moralidade.

Tiago Mestre disse...

Fernando, explicaste bem o fenómeno. Deixa-me mais convicto de que a redução de despesa será uma miragem, e a impressão de dinheiro acompanhada de inflação nos preços de bens essenciais será uma realidade.
Triste realidade