18 de outubro de 2012

O diz e desdiz de Lagarde, compilado pelo Expresso

Isto sim, é jornalismo, aliás, investigação jornalística, em apenas 24 slides:



http://expresso.sapo.pt/o-diz-e-desdiz-de-lagarde=f760887

Tiago Mestre

9 comentários:

Tiago Mestre disse...

Filipe, sobre estudar a escola austríaca a fundo. Terei que comprar o livro de referência do Hayek e começar pelas bases.

Comecei a base das bases com Adam Smith, e tenho vindo a ler aos poucos a Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda do Keynes, mas o modo de escrever dele é quase impenetrável.

Mais cedo ou mais tarde terei que comprar a bíblia do Hayek, e começar pelo início.

e tempo para isto tudo?
Já nem consigo dar conta do Contas...

Até já ando a pedir ao pessoal para escrever.
Tu é que eras um bom menino para estimular o conhecimento da escola austríaca aos leitores do Contas com a publicação aqui de textos saídos do teu punho.
Ou então criares tu o blog da escola austríaca.

eu não consigo ir a todas.

Vivendi disse...

Tiago,

Talvez seja tempo de criarmos um blogue plural.

Com os ilustres leitores que temos poderíamos formar uma boa equipa e chegar ainda mais longe com a mensagem que defendemos.

De minha parte fica a abertura.

Filipe Silva disse...

A minha formação é neoclássica. Tirei o curso na FEP

E estou a fazer o mesmo que tu a estudar a escola austríaca, deixei me de ler artigos a vulso e comprei livros para aprofundar os meus conhecimentos.

Keynes sempre ouvi dizer que a escrita era complicado perceber.

aconselho te a leres o livro " Market Order and Entrepreneurial creativity" de Huerta de Soto, é que explica os pontos base da teoria austríaca por oposição aos neoclássicos, é pequeno 130páginas, bem escrito e sintetiza a escola austríaca, não é demasiado técnico, tens à venda no amazon, 20 libras(carote, existe também no amazon.es em espanhol, apesar de saber ler espanhol e perceber sem grande dificuldade prefiro inglês,falo desde os 4) até aconselha outros livros que o autor acha bons para aprofundar.

Neste momento não estou com avontade suficiente para escrever sobre a escola austríaca, talvez mais para a frente. Gosto de fazer as coisas bem,

É completamente diferente do que me ensinaram, maioria é contrário o que me cria alguns problemas e que leva a ter inconsistencias, até problemas de identidade.
é que afirmar que não deve existir estado social, sem reformas públicas, sendo os meus pais reformados, o meu irmão médico do SNS, o meu treinador professor (pratico um desporto federado), é defender que estes fiquem sem o seu modo de subsistencia, é complicado



Nunca me tinha ouvido falar na teoria do capital, nem nunca percebi bem como funcionava, ainda hoje não percebi bem.

Tenho uma amiga minha que é doutorada da FEP, é professora lá, e ela não faz a minima ideia de quem é Mises, ou mesmo hayek sabe que é nobel, mas não sabe bem o que o gajo defende.



Huerta de soto tem um mestrado em economia austríaca na universidade Rei Juan Carlos de madrid.

Pode ser que num futuro tenha verba para ir tirar o mestrado lá.

Para teres uma ideia, dos austríacos no meu curso todo (4anos) falaram 15minutos dados numa aula de revisões para o Exame de recurso, na cadeira de história do pensamento económico.

Como fiz na primeira fase a cadeira nunca tinha ouvido falar de Mises ou Hayek.


Tenho mudado muito a forma de pensar, e à medida que estudo mais, mais mudo a forma de pensar.

Aprecio o teu blog, aprendi bastante com as tuas opiniões, fez me pensar e contribuiu para esta minha vontade de andar a ler sobre os austríacos


Tiago Mestre disse...

Pois é, criar um blog mais abrangente, de certa maneira parece-me um passo natural, já que estou completamente de acordo de que é preciso envolver os leitores do Contas e do Espuma dos Dias na escrita. Teria mais alcance e daria visibilidade às suas ideias

Penso que a plataforma poderia manter-se no blogger, e cada um contribuir com os conhecimentos com que se sente mais à vontade.

Mas tal só é viável se houver um compromisso por parte dos leitores mais atentos, como o Filipe, o Vazelios, o Fernando Ferreira, o DeathandTaxes, o Pedro Miguel, e mais alguns que me escapam agora a escrever regularmente.

Sobre o nome do blog, gosto muito do nome Contas Caseiras !!, mas se for mais pertinente criar um totalmente novo, paciência.

Era interessante que a plataforma se mantivesse como está para dar espaço e complementaridade ao Forum Discutir Portugal que o André e o João estão a dinamizar.


Sobre a relutância do Filipe em escrever, nem sequer a aceito.

Relembro ao Filipe e a todos os leitores de que as plataformas de escrita na Internet, como o blogger, wordpress, wikidot, edições online dos jornais e respetivas caixas de comentários são talvez um dos maiores exercícios de liberdade a baixo custo a que a humanidade já assistiu.
Talvez por estarmos totalmente imbuídos neste paradigma, esquecemo-nos de que já houve outros.

Podemos criar blog, eliminar blog, escrever muito, pouco, dizer bem, dizer mal... e nada nos acontece. A nossa integridade física não é ameaçada por aquilo que damos a ler aos outros.

A Internet e os blog's são uma via de liberdade de expressão em todo o seu esplendor, já que é só a escrita que conta.
É tão só a qualidade dos textos que faz as pessoas aproximarem-se ou afastarem-se.

Por todas estas graças com que fui bafejado pela Internet sem lhe ter pedido nada, tenho um dever de gratidão para com muitos "alguéns" que me deram a liberdade e os instrumentos para poder escrever sem constrangimentos exógenos. É só a minha consciência que manda.

Filipe, com uma ferramenta destas ao dispor da tua liberdade, de BORLA, estás com receio de escrever e dizer asneira?

Receio de escrever asneira tenho eu todos os dias, mas se estamos de boa fé, reconhecemos as nossas limitações e temos uma vontade genuína de aprender coisas diferentes, o receio fica em segundo plano. E mais, é a escrever que acabamos por aprender mais, porque com receio de dizer asneira, tentamos aprofundar mais os conhecimentos. É uma forma airosa de aprender mais depressa.

Os blog's é a realização material em toda a sua plenitude da filosofia da escola austríaca. E tu recusa-la? ...se calhar exagerei na afirmação, mas enfim.

Lembras-te dum post que fiz aí há 2 semanas com um vídeo da Brene Brown, que num evento TED falou sobre a Vulnerabilidade?
Eu mostro a minha todos os dias, tanto aqui no Contas como na empresa e na minha vida pessoal, e acho que não me tenho dado mal com isso.

Pensa melhor.

Pedro Miguel disse...

Podes contar com os meus textos, embora possam não ser muitos.

É mais fácil comentar porque podemos focar pontos específicos de textos sem ter que formalizar toda uma teoria.

Também tenho o curso de economia pela FEP.

Curiosamente, este blog abriu-me os olhos para uma cadeiras que mais dificuldade tive em fazer.
Essa dificuldade não foi por deixar de perceber as coisas (agora já mais vagas), mas porque em exame todos os pormenores de textos eram sobrevalorizados.

História do Pensamento Económico. O Filipe deve lembrar-se das mentes iluminadas que costumam ensinar todas estas teorias que temos debatido.

vazelios disse...

Filipe, não se aplica na perfeição no que disseste, mas INOVAR é falhar, tentar outra vez, falhar melhor, aprender, reformular.

Nós, vocês, inovam no conhecimento.

Quem sabe se não virá inovação a partir de vocês ou de alguém que vos segue e aprendeu convosco.

Eu sou de gestão no ISEG e o que eu aprendi aqui e noutros blogues nossos amigos em 2 anos foi muito mais do que na faculdade.

Tive professores que respeito muito, como Cantiga Esteves, mas nas aulas mandam mais postas de pescada do que explicar a fundo seja o que for. A imaturidade dos alunos também não ajuda...

E o que tem graça é que aprendi mais sobre o que não gostava tanto, economia, historia mundial (de historia sempre gostei), politica, enfim tudo o que envolve o que discutimos aqui. Sou mais de números do que teorias e mudei completamente esse paradigma nestes ultimos 2 anos.

Eu de vez em quando partilho no facebook (só lá vou para partilhar estas coisas) alguns videos, posts, os mais relevantes.

O que noto é que as pessoas estão um bocado fartas da crise e de ouvir falar nela. Querem que acabe! Mas não a querem perceber. Algumas pessoas comentam e ficam entusiasmadas com o que lêm/vêm, como eu fiquei quando cá vim parar, mas a maioria das pessoas não se interessa.

Como chegar às massas e tentar evoluir o conhecimento dos Portugueses?

O Tiago e outros batalham há 3 ou mais anos e teve uma evolução muito positiva, mas a santa ignorãncia ainda reina por aí.

Como se chama a biblia do Hayek? Também só a encontro online?

Sobre a minha participação, como podem constatar eu ando sempre por aqui, de vez em quando opino e vou sempre dar-vos luta por ensinarem mais e melhor.

Consigo contribuir sempre de alguma maneira.

Se o Filipe não quer falar sobre a escola Austriaca porque "não a conhece a fundo", imaginem eu...

Mas a elevada participação só me leva a crer que estão no bom caminho

Filipe Silva disse...

Estive a pensar e o Tiago tem razão, seria "covarde" da minha parte, não procurar ajudar a dar a conhecer outras formas de encarar a economia.

A produção de textos será muito mais lenta que o Tiago, dado que Eu ainda estou a estudar a Teoria, que é completamente diferente quer do Keynesianismo, quer do monetarismo.

Vazelios aconselho te leres primeiro o livro que recomendei ao Tiago do Huerta de Soto, rapidamente ficas com uma ideia do que é a teoria Austríaca, é excelente para iniciar, comecei por ler o Theory of money and credit do Mises e a meio troquei de livro, para o que recomendei ajuda a ter uma visão mais fácil de Mises.

Ler livros de 1950, é complicado o Inglês é diferente, existem palavras que nunca tinha lido (tive de ir ver o significado, algo que nunca me tinha acontecido, o meu nível de inglês é ao nível de qualquer americano).

O fantástico Graça Moura (espero não me ter enganado no nome), gajo mais convencido que vi na vida, nunca me chamaram burro com tanta eloquência(chamava a todos burro na primeira aula), mas prontos outras histórias..

Depois é dizerem como é, se novo blog etc...

Pedro Miguel disse...

Sim senhor, o Graça Moura.

No exame de História do Pensamento Económico e na parte corrigida por ele, tive um zero e dois riscos de lado a lado. Pessoalmente acho que o problema era mais do lado dele que do meu.

Offtopic, lembro-me do Graça Moura dizer algo do género: Eu não tenho vícios, não fumo, não bebo, não conduzo e não tenho mulher.

Vivendi disse...

A posição das quatro principais escolas de pensamento económico a respeito de 17 questões económicas fundamentais:

http://vivendi-pt.blogspot.com/2012/10/a-posicao-das-quatro-principais-escolas.html