14 de outubro de 2012

Só falta declarar que governar é um ato inconstitucional




Espanta?
Para os leitores do Contas não deve espantar nada.

Tiago Mestre

8 comentários:

vazelios disse...

Podemos falar sobre todos os problemas do país e tentar pensar em soluções mas enquanto não se resolver a justiça e em grande parte substituir e responsabilizar estes mediocres juizes, não vale a pena fazer nada.

Inacreditavelmente escandaloso (escandalos é o que há mais por aí)

Manuel Galvão disse...

No ano fiscal de 2000 os bancos comerciais obtiveram do Estado benefícios fiscais que, somados, ultrapassam o custo total da Ponte Vasco da Gama.
Isto não lhe diz nada, Sr. Tiago Mestre?

David Seraos disse...

Ninguem pode dizer que o Governo está a trabalhar bem. Mas eu não quero ser mauzinho, mas o Tribunal tem algo contra este Governo.
É que eu ainda achava que a Constituição era um "texto" de principios e não a justificativa para impedir todos os actos de tentativa de governação.

E declarando-se que governar era inconstituicional muita coisa mudava, como daqui a pouco tempo ser necessário defice zero. Pois ninguem conseguia sustentar esta grande máquina socialista que é o Estado Português. Ou então havia uma revolução e isto ficava tipo Cuba

Tiago Mestre disse...

Manuel, o modo como colocas a questão dá a sensação que os governantes deliberadamente apoiaram os banqueiros. Não sei se é verdade. O que é isto:
Em 2000 havia todo um conjunto de incentivos estatais que se traduziam em benefícios fiscais caso as empresas optassem pelas sugestões do governo. E isto não era caso português, era europeu.
1.Se contratasses estagiários, metade do ordenado era pago pelo Estado durante 9 meses
2. Se contratasses gente com deficiência, idem
3. Se contratasses gente com mais de 60 anos, idem
4. Se te quisesses internacionalizar, o Iapmei apoiava
5. Se apresentasses um projeto credível, o Iapmei apoiava
6. Se a sede fiscal era sediada na Madeira, mais benefícios fiscais havia
7. Se fosse um banco, só por ser banco, pagava menos de IRC.
8. Se a empresa oferecesse um PPR aos trabalhadores, mais deduções fiscais.

Enfim, era uma loucura. Talvez os bancos fossem mais beneficiados, mas essa é só uma pequena parte da história.
Mas não concordo com deduções fiscais porque não concordo com impostos altos. Deduções fiscais é tão só querer manipular os comportamentos da sociedade e induzi-la a ir por determinado caminho.

Vivendi disse...

O circo está para pegar fogo!

Depois ninguém se queixe das consequências.

David Seraos disse...

Oh Tiago Mestre não quero estar a dizer asneira mas acho que isso ainda é assim, metade paga a empresa, metade paga a SS, estágios profissionais (mas acho que é só 6meses), pessoas com deficiencias.

Anónimo disse...

A justiça continua a ser um dos grandes entraves da Economia nacional.

A irresponsabilidade dos juízes que tanto afasta investidores está mais uma vez expressa nessa notícia.

Tiago, aproveito para perguntar qual é a tua base para estes dados?

PIB 2013: 162 (recessão est. 2%)
PIB 2012: 166 (recessão 3,3%)
PIB 2011: 171
PIB 1996: 93,4

Para 2012 as previsões são 3% de recessão e para 2013 são 1% de recessão.
Há até analistas que tem vindo a prever nas últimas semanas que a recessã ode 2012 será ligeiramente menor que 3%.

Tiago Mestre disse...

Meu caro, para 2012 e 2013 baseei-me nas últimas previsões do governo. Ouvi-as na televisão, pelo que não te poderei remeter o documento. Julgo estar de acordo com os procedimentos de défices excessivos que o Estado tem que apresentar ao eurostat, mas não te sei precisar.

Em relação aos anos 2010 e 1996 segue o link:
http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/product_details/publication?p_product_code=KS-EK-11-002

E em relação ao ano 2011:
http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/2-23042012-AP/EN/2-23042012-AP-EN.PDF