8 de outubro de 2012

UE: nenhuma agricultura, pouca indústria...

... e muitos serviços

Esta é talvez a face mais visível da crise que a Europa está a atravessar, e em que Portugal está enterrado até ao pescoço. Podem consultar o documento do Eurostat aqui.

Em Portugal, o setor terciário totaliza 62,8% da população empregada.

E na Alemanha, essa suposta potência industrial que alguns dizem ser a salvadora da Europa, estão SÓ 70% nesse setor.

Boa sorte!

Ainda estou à espera que me provem como é que uma economia baseada em serviços e sem recursos fósseis consegue crescer economicamente, sem abusar do défice da balança externa e reduzir a dívida em simultâneo.
Aliás, para não tornar o exercício tão difícil aos keynesianos, até deixo cair a 3ª condição, ou seja, podemo-nos endividar à vontade, sem regra nem limite, e ver se mesmo assim o PIB cresce.

Tiago Mestre

4 comentários:

Vivendi disse...

Medina carreira começa a ter cada vez mais razão. E eu também.

Ricardo Anjos disse...

... Vai uma aposta que não cresce???

Filipe Silva disse...

Vamos ter calma.

O crescente desenvolvimento tecnológico leva a uma diminuição da necessidade de mão de obra nas industrias, o aumento do capital leva a um aumento de produtividade, por exemplo o aumento da robotização das fábricas levou a que muita mão de obra se torna-se dispensável.
As novas tecnologias da informação levaram a uma diminuição do emprego.

O desenvolvimento tecnológico leva a uma diminuição de necessidades de mão de obra, aliado a isso com a manipulação das taxas de juro, tornando ainda mais barato a aposta em novas tecnologias que levam à substituição da mão de obra.

A industria pode ter menos mão de obra e produzir muito mais, o mesmo se pode aplicar na agricultura.

Por exemplo acho normal a Alemanha ter esse numero de pessoas no sector dos serviços, é a economia mais desenvolvida da Europa, com muita componente de capital de ponta.

Como vemos consegue exportar 80% do PIB, e realiza exportações de alto valor acrescentado.

Agora Portugal o caso pinta diferente, não temos o mesmo tipo de desenvolvimento economico, nem de capital nem de produtividade.

Exportamos 30% do nosso PIB, somos deficitários etc....
Deviamos ter mais produção nacional, na agricultura, nas pescas, e na industria.

O desemprego está a ser massivo no sector dos serviços, porque este geralmente esta aliado aos bens de consumo, como o credito secou, vai existir uma aumento muito grande do desemprego neste sector.

Se o mercado fosse deixado funcionar, iria existir um aumento do emprego nos sectores da industria agricultura, e um desemprego nos sectores dos serviços.

O sector dos serviços em Portugal esta sobrevalorizado, os salários são artificialmente elevados.

Anónimo disse...

«Germany’s richest citizens are getting richer. At over €500 billion, the total value of assets belonging to the 500 wealthiest Germans exceeds Switzerland’s gross domestic product, (…) the debt crisis wreaking havoc across the eurozone hasn’t shaken the super-rich. Germany’s wealthiest 100 citizens saw the value of their assets rise more than 4 percent. But not all of the country’s billionaires had a good year. The family behind the bankrupt Schlecker drugstore chain was left with less than €40 million after seeing its fortunes drop by €1.92 billion, making it the biggest loser on this year’s list. »

http://www.thelocal.de/national/20121009-45437.html